quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
GOVERNADOR GERALDO ALCKMIN VETA PROJETO DE SEGURANÇA PÚBLICA
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) vetou integralmente o Projeto de Lei
nº 413, de 2011, de autoria do deputado Edinho Silva (PT), que instituiria o
Conselho Estadual e os Conselhos Regionais de Segurança Pública e Cidadania em
São Paulo. A proposta foi aprovada por unanimidade pela Assembleia Legislativa
no dia 20 de dezembro passado.
O argumento do veto é de que o projeto de lei é inconstitucional.
Segundo Alckmin, o projeto "usurpou iniciativa legislativa reservada ao
chefe do Poder Executivo" ao "criar órgão colegiado integrante da
Administração Pública". A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal
"defere ao governador do Estado, em caráter exclusivo, a iniciativa para
deflagrar o procedimento legislativo pertinente à criação de órgãos da
Administração", diz o texto do governo.
O deputado Edinho Silva reconhece ser muito difícil derrubar o veto, já
que Alckmin tem maioria na Assembleia (são 69 deputados da base contra 25 da
oposição). “O argumento jurídico não tem cabimento porque o projeto é
autorizativo. Não estamos criando os conselhos, mas autorizando o Executivo a
criá-los. Ele poderia inclusive alterar, organizar os conselhos por decreto,
por exemplo”, diz o parlamentar. “O veto é político. Se tem uma área em que o
governo vive uma crise é a segurança, e quando se formula um projeto de lei,
chamando a sociedade para a elaboração de políticas em segurança pública, o
governador veta.”
O parlamentar argumenta que seu projeto não impõe ao governo a criação
do conselho justamente “para evitar o vício de iniciativa”. Mas, segundo a
assessoria de imprensa da Casa Civil do governo paulista, a jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal determina que, mesmo sendo autorizativo, o projeto de
lei é inconstitucional.
Edinho Silva diz que o que está por trás é uma concepção política do
Estado. "Não é a primeira manifestação do governo contra as demandas da
sociedade civil. É o caso do Orçamento, por exemplo, em que se faz as plenárias
regionais e o governo não incorpora as demandas das audiências públicas".
Problemas regionais
Segundo o autor da proposta, um dos aspectos mais importantes da criação
do conselho estadual e dos conselhos regionais é que eles permitiriam a
discussão, pela sociedade civil, dos problemas e especificidades regionais, já
que cada cidade ou região tem uma realidade e problemas de segurança pública
característicos. Pela proposta, o Conselho Estadual de Segurança Pública e
Cidadania seria composto por representantes das polícias Militar, Civil e
Técnico-Científica, membros da Secretaria de Justiça e da Defesa da Cidadania,
Secretaria de Assuntos Penitenciários e Secretaria de Segurança Pública.
“De fato, todas regiões têm especificidades, é preciso tratar com
desigualdade os desiguais”, afirma a presidente da Associação dos Delegados de
Polícia do Estado de São Paulo (Adpesp), Marilda Pansonato Pinheiro. A policial
ressalva que não estudou o projeto de lei de Edinho Silva e não leu o veto do
governador. “Não posso entrar no mérito da questão do veto, porque seria
leviandade e irresponsabilidade de minha parte. O que posso dizer é que como
está não dá para continuar. Está mais do que demonstrada a falência da
segurança pública em São Paulo. Colocar a sociedade como parte integrante do
processo, não como espectadora, talvez fosse uma alternativa. A sociedade é que
nos dá elementos de investigação para trabalhar”, diz a delegada.
De acordo com números da Secretaria de Segurança Pública (SSP) paulista,
no ano passado foram registrados 4.833 homicídios dolosos no estado. Os dados
significam que houve 11,4 assassinatos a cada 100 mil habitantes, um
crescimento de 15,2% em relação a 2011, quando houve 4.194 homicídios. Foram 92
policiais mortos. Somando-se os homicídios culposos (sem intenção de matar), o
total de vítimas no estado chegou a 5.202. Os dados revelam que no quarto
trimestre de 2012, no auge de crise entre PM e PCC, o número de homicídios
dolosos subiu significativamente em comparação com o mesmo período de 2011: de
1.125 para 1.502 (33,5%).
Para a delegada Marilda Pansonato, a crise de assassinatos do final de
2012 arrefeceu. “A partir do momento em que se suspendeu o alvará, a
autorização para matar, claro que tinha de melhorar. Porque o que havia
anteriormente, com o secretário anterior (Antonio Ferreira Pinto), era um
habeas corpus para que a PM matasse, fosse para o confronto, fosse qual fosse o
resultado”, avalia. “Houve uma trégua. A situação melhorou pela própria postura
do novo secretário (Fernando Grella) de colocar a PM para fazer o preventivo,
que é sua função, e a Civil para investigar”, diz a policial. “Mas é muito cedo
para se fazer uma avaliação ainda”, ressalva.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
A MELHOR ARMA CONTRA AS DROGAS
É preciso saber combater e apontar respostas concretas para um sistema que ficou refém de si mesmo sem perspectivas de reais mudanças. O que temos como fruto das drogas principalmente nas grandes metrópoles é fruto da impunidade, de leis retrógradas e de uma política pública de saúde e de educação "embora não apenas essas", que se quer, deveriam ser chamadas de políticas públicas. Em parte, o grande vilão desta história pode ser o próprio povo, pois já dizia o filósofo Rosseau , "governo que não serve ao povo tem que ser substituído".
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
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