sábado, 19 de dezembro de 2015
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Educação como alvo do desprezo político chega ao extremo.
A inquietação causada pela expectativa
de fechamento de pelo menos 170 escolas estaduais de São Paulo fez com que
o secretário da pasta, Herman Voorwald, participasse de um encontro com
deputados estaduais aliados do governador Geraldo
Alckmin (PSDB) na semana passada. Em foco, coube a ele explicar o
processo que ele chama de ‘reestruturação’, e que os docentes vem denunciando
como ‘fechamento’.
Falando para 20 parlamentares,
Voorwald explicou que as alterações para o ano letivo de 2016 são baseadas
na queda da taxa de natalidade e na redução expressiva da população em idade
escolar. A reorganização prevê ainda a segmentação das escolas por ciclo de
ensino. Atualmente, segundo a secretaria, as unidades que possuem três
segmentos (anos iniciais, finais e Ensino Médio) representam uma qualidade de
educação 10% inferior às escolas com apenas um segmento.
“Por isso, o intuito é otimizar
mais os espaços ociosos e redefinir gastos ante a séria crise econômica do
País”, afirmou o secretário de Educação.
A medida teve início, explicou
Voorwald, com base em levantamento realizado pela Fundação Seade (Sistema
Estadual de Análise de Dados), que apontou uma queda de 1,3% ao ano da
população em idade escolar no Estado de São Paulo. Entre 1998 e 2015, a
rede estadual de ensino perdeu 2 milhões de alunos. A rede foi desenvolvida
para absorver até 6 milhões de alunos, hoje conta com 4 milhões.
A secretaria ainda informou que o
sistema já estaria ultrapassado – é praticamente o mesmo há quase 40 anos –, o
que permitiu a seguinte ideia de ganhar corpo: alunos do ensino primário (1º a
5º ano) em uma determinada escola e ensino médio (6º ao 9º) em outra escola,
deslocando esses alunos num raio de no máximo 1,5 km. Com isso, de acordo com a
pasta, há possibilidade de investir especificamente nessas escolas de acordo
com suas necessidades.
Aos deputados estaduais aliados, Voorwald
prometeu não fechar nenhuma unidade escolar. O secretário disse que, se houver
fechamento a estrutura física será aproveitada para abrigar outros
investimentos na área de educação, como ETECs e FATECs.
Também presente no encontro, o
secretário da Casa Civil, Edson Aparecido, explicou que haverá um deslocamento
mínimo de alunos, em geral de 1,5 km "a recomendação do MEC é que alunos
não se desloquem mais do que 3 km" nos municípios onde realmente haverá
necessidade de alteração.
“Vamos discutir o processo com os
envolvidos e os deputados, e o resultado final será melhorar ainda mais a
escola pública”, completou Aparecido.
Professores discordam e denunciam
precarização
Apesar das informações já
prestadas pela Secretaria de Educação, o Sindicato dos Professores de São
Paulo (Apeoesp) afirmam que 170 escolas já teriam recebido avisos de que
estão dentro do processo de reestruturação, podendo ser alvo de fechamento. A
medida, de acordo com a entidade, deve afetar mais de 1 milhão de
estudantes, levando a uma precarização ainda maior tanto para docentes quanto
para estudantes, que já vivem com a superlotação das salas de aula.
“É uma mudança que vai atrapalhar
a vida de todos. Isso já aconteceu em 1995 e o governo está aí, questionando”,
disse a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha. A entidade de
classe promete continuar realizando manifestações (como a da semana passada) contra a medida anunciada pelo
governo estadual – a próxima acontece nesta terça-feira (20).
Para a categoria, o que a
secretaria quer principalmente é implementar a meta 21 do Plano Estadual de Educação (PEE) –
“promover, até o final da vigência do PEE, a municipalização dos anos iniciais
do Ensino Fundamental” –, levando a uma precarização do ensino público. A Apeoesp
diz que o plano não foi discutido com a devida amplitude com a sociedade.
Tentando amenizar as críticas e a
polêmica, a secretaria chegou a divulgar comunicados para pais, professores e até um link com 15 pontos a serem esclarecidos, tentando pôr fim às
dúvidas ainda vigentes para todos os envolvidos. Ao que tudo indica, apenas a
divulgação integral do projeto do governo, ainda sem data definida, deve
esclarecer todos os detalhes da polêmica.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
Ônibus de madrugada em São Paulo?
Quem estuda à noite ou trabalha em
shoppings, supermercados ou outros estabelecimentos que encerram suas
atividades bem tarde, frequentemente precisa “correr pra não perder o último
ônibus”, ou, pior… esperar até amanhecer para voltar para casa. Muitos, assim,
ficam dependentes do carro particular, ou de taxis, opção pouco viável em
função do custo, no cotidiano…
Muitas grandes cidades do mundo já contam com
sistemas de transporte público que funcionam de madrugada. Em Londres, as
linhas noturnas acompanham os trajetos do metrô, saindo da Praça Trafalgar. Em
Barcelona, os ônibus da madrugada funcionam da 23h às 6h e, de sábado para
domingo, não há interrupção na operação do metrô. Em Paris, um sistema noturno
opera das 00h30 às 5h30 e, em Medellín, 65 linhas funcionam das 22h às 4h. Em
Nova York o metrô não para, mas reduz o número de estações que ficam abertas.
Em São Paulo, o metrô fecha e apenas 98 linhas de
ônibus operam de madrugada. Mas a Prefeitura já anunciou que, a partir do
primeiro semestre de 2015, vai implementar uma rede de ônibus que funcionará de
madrugada, da meia-noite às 4h. A proposta é ampliar o número de linhas para
140 e organizar o sistema. Os ônibus da madrugada deverão percorrer os
principais eixos de transporte público da cidade (tanto nos corredores de
ônibus, quanto nos trajetos do metrô) e, também, circular no interior dos
bairros, com horários e intervalos fixos. Nos bairros deverão ser utilizados
veículos menores, como os que atualmente são empregados pelas cooperativas.
À imprensa, a Prefeitura afirma que a medida
beneficiará principalmente pessoas que estudam no período noturno, além de
trabalhadores e frequentadores de bares, restaurantes e baladas que funcionam
até tarde, em bairros como a Vila Madalena. Acredito, porém, que esses são
apenas uma parte dos beneficiados: numa cidade como São Paulo, muitos serviços
são realizados principalmente de madrugada (entregas, abastecimento de
comércio, entre outros), outros simplesmente não param (hospitais e aeroportos,
por exemplo), sem contar o grande número de pessoas que prefere “trocar a noite
pelo dia” pra evitar perder horas em deslocamentos no trânsito. Uma rede de
ônibus na madrugada, portanto, deve atender a necessidades mais amplas de
mobilidade na cidade.
Ao anúncio destas
mudanças somam-se os resultados da auditoria que a Prefeitura encomendou sobre
o transporte público de São Paulo, investigando os serviços oferecidos pelos
atuais concessionários e seus custos. Motivada pelas manifestações de junho de
2013 contra o aumento da tarifa, a auditoria mostrou, por exemplo, que 10,5%
das viagens que deveriam ser realizadas simplesmente não o são. Além de ampliar
e organizar a oferta de ônibus de madrugada, portanto, a cidade tem pela frente
um enorme desafio, que é desenhar um novo modelo de contratação das empresas,
revendo horários, frequências, custos e formas de fiscalização.
Ônibus de madrugada? Sim, vai ser muito bom se
tivermos. Melhor ainda se este for um dos elementos de uma nova pactuação com
as empresas prestadoras do serviço de transporte público, coisa que a cidade
está precisando fazer faz tempo!
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
terça-feira, 29 de julho de 2014
GRADUAÇÃO e PÓS GRADUAÇÃO GRATUITA NA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL - EM SÃO PAULO, OS POLOS SÃO NOS CEU´S
A UAB oferece, por meio das instituições públicas de ensino superior integrantes do Sistema, os seguintes cursos:
- Bacharelados, Licenciaturas, Tecnólogo e Especializações: cursos voltados para formação inicial e continuada de professores da educação da rede pública de educação básica e para o público em geral interessado (demanda social). As vagas para atendimento da demanda social são acertadas entre as instituições de ensino ofertantes e os governos locais, sendo publicadas nos editais de seleção de estudantes para os cursos.
- Especializações do programa Mídias na Educação: cursos ofertados com o objetivo de proporcionar formação continuada voltada ao uso pedagógico, na educação a distância, de diferentes tecnologias da informação e da comunicação. Esse curso foi reformulado e re-estruturado em duas entradas distintas: curso de extensão de 160 horas, para professors que não possuem nível superior completo, e especialização de 360 horas (no mínimo), para professores já graduados;
- Graduação em Biblioteconomia: curso de bacharelado destinado à formação de quadros de apoio à realização dos cursos nos polos de apoio presencial do Sistema UAB;
- Especializações para professores, em parceria com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD/MEC): cursos ofertados em nível de pós-graduação lato sensu, com duração de 360 horas e certificação para os concluintes. Atendendo à legislação vigente, destina-se ao preparo de docentes para temas transversais dos currículos de educação básica.
- Programa Nacional de Formação em Administração Pública - PNAP: cursos ofertados em nível de graduação - bacharelado, e pós-graduação lato sensu - especialização, destinados à criação de um perfil nacional do administrador público, propiciando a formação de gestores que utilizem uma linguagem comum e que compreendam as especificidades de cada uma das esferas públicas: municipal, estadual e federa
quinta-feira, 29 de maio de 2014
Conselhos para fazer crítcas com cuidado.
Um assunto polêmico tem circulado ultimamente os meios de comunicação, que é a CRÍTICA. Face a tal circunstâncias, dedicamos mais um tempo no sentido de contribuirmos para que o leitor possa formatar sua própria ênfase sobre este aspecto que pode ser construtivo, mas tem-se optado pelo destrutivo numa grande maioria dos casos.
Segue-se então, 10 conselhos elaborados sobre como proceder na hora da crítica, elaborado por Michael Zigarelli ao Instituto Jetro.
Dar um feedback, fazer uma avaliação de uma pessoa
que contenha críticas negativas, é um dos maiores desafios para qualquer
gestor, até mesmo para os mais graduados e experientes.
O desafio é ainda maior quando é um cristão que tem
que fazer isso. Se faz de maneira errada, pode ser taxado rapidamente de
hipócrita pela pessoa que recebeu a crítica.
Por isso, enumero aqui 10 conselhos para ajudar-lhe
a cumprir a tarefa de forma satisfatória.
Faça-o confidencialmente: A crítica em
público sobre o trabalho de um funcionário é humilhante e pode conduzir à
difamação do mesmo pelo restante da equipe. Por isso, quando for criticar,
faça-o confidencialmente.
Faça-o pessoalmente: Geralmente é
um erro fazer a crítica pelo telefone, pelo e-mail ou por algum outro veículo
impessoal. A pessoa provavelmente se sentirá “cega”. Ao contrário, uma
discussão pessoal permite que o avaliado entenda mais claramente seus
interesses legítimos.
Vá direto ao ponto: A maioria dos
subordinados “sente” quando seu superior tem algum problema com eles. Quando
você chama alguém para conversar, mas fica dando voltas, ele percebe na hora e
isso é frustrante para ele. Vá direto ao ponto.
Valorize sempre as qualidades: É essencial
que o subordinado compreenda que você não vê somente as deficiências, mas
também sua contribuição à organização. Para comunicar isso, um bom começo pode
ser: "Eu acho que você está indo muito bem em relação a 88% das tarefas
que lhe atribuí. O que nós vamos conversar nos próximos minutos, é sobre os
outros 12%.”
Centralize o discurso em você e não
nele: Falar na primeira pessoa é uma ferramenta que ajuda a não deixar o
subordinado na defensiva. Estruture suas críticas nos termos de como você
sente. Uma afirmação como "eu não estou compreendendo esta parte de seu
relatório" tende a ser menos ofensivo do que "o que você escreveu
nesta parte não está fazendo sentido." A aproximação anterior comunica
essencialmente a mesma informação, mas soa menos ofensivo ao receptor da
crítica.
Seja específico: Críticas
abstratas, como "você está executando seu trabalho bem abaixo da
média", não condizem com um gestor eficiente e nem funcionam como
avaliação justa. Melhor que categorizar o desempenho ("bem abaixo da
média"), seja específico sobre o que se espera e contraste isto com fatos
objetivos sobre o que a pessoa realizou ou não. Isto ajudará a trazer um foco
melhor sobre o problema e sobre qual medida tomar.
Atenha-se aos fatos: ater-se aos
fatos significa ser objetivo e evitar julgamentos especulativos sobre as causas
do comportamento impróprio. Fale sobre o que você sabe e seja verdadeiro.
Não seja repetitivo: Em toda a
discussão, não há nenhuma necessidade de repetir a crítica. O subordinado
“pega” a idéia. Também, se possível, atenha-se a um problema por vez. E, se
possível, evite ressuscitar problemas antigos que já foram resolvidos
previamente. Os subordinados recebem isso como desnecessário e injusto.
Através de um esforço comum, tentem
achar uma solução: Após ter feito a crítica, envolva o subordinado na
busca da solução do problema. Uma pessoa que ajude na busca de uma solução pode
ser mais comprometido a efetuá-la do que outro que tem uma solução empurrada de
cima para baixo. Localize o problema, ajuste alguns objetivos mutuamente
adaptando-os como uma base para a próxima avaliação. Também, se achar
apropriado, projete – junto com a pessoa - um plano de desenvolvimento para
ajudá-lo a direcionar o trabalho corretamente. Dar um feedback, fazer
avaliações, é uma ferramenta que deve ser usada mais de uma ou duas vezes por
ano. Na verdade, o ideal é que seja uma atividade contínua. Consequentemente, quando você vir um subordinado
fazer algo errado (ou direito), deixe-o saber imediatamente para corrigir (ou
para reforçar) seu comportamento.
terça-feira, 27 de maio de 2014
Liberdade de expressão e o direito de criticar - Ministro Celso de Mello
O
Ministro Celso de Mello decide no Recurso Extraordinário com Agravo
722.744 do Distrito Federal que "Jornalista tem o direito de
fazer crítica impiedosa".
A decisão
do ministro é longa, constituída de 18 páginas, e comentá-la ponto a ponto
daria um livro. Como não tenho esta pretensão, serei lacônico em minha prédica:
Todo o equívoco do ilustre ministro se funda em dois conceitos que são
essencialmente filosóficos, quais sejam: liberdade e crítica. Diz o ministro
Celso de Mello na página 5:
“Não se
pode desconhecer que a liberdade de imprensa, enquanto projeção da liberdade de
manifestação de pensamento e de comunicação, reveste-se de conteúdo abrangente,
por compreender, dentre outras prerrogativas relevantes que lhes são inerentes,
(a) o direito de informar, (b) o direito de buscar informação, (c) o direito de
opinar e (d) o direito de criticar.”
Pois bem.
Sartre é a melhor pessoa para nos auxiliar aqui – e desde já peço a compreensão
de todos pela ausência da citação das referências, pois não é meu intuito
transformar esta reflexão em artigo acadêmico...
O
ministro acerta quando fala da liberdade como algo inerente ao ser humano. Para
Sartre, principalmente no livro “O Ser e o Nada”, o ser humano é produto de sua
liberdade, já que a todo momento escolhe as ações que irá praticar. Dessa
forma, a liberdade não é uma conquista humana, ela é uma condição da existência
humana. Acontece que a liberdade é uma via de mão dupla, onde um vai com sua
liberdade e o outro vem. Não existe liberdade do indivíduo isolado, pois o
indivíduo não é só. A liberdade é conjunta, daí na obra do Sartre quando se
fala em liberdade, se fala, também, no Outro. O outro é necessário para a minha
existência, mas é também um mal; um mal necessário. “Somos, eu e o outro, duas
liberdades que se afrontam e tentam mutuamente paralisar-se pelo olhar. Dois
homens juntos são dois seres que se espreitam para escravizar a fim de não
serem escravizados.” E diz mais Sartre no livro “O Ser e o nada”, p. 473,
"Pode acontecer que, pela
própria impossibilidade de identificar-me com a consciência do outro por
intermédio da minha objetividade para ele, eu seja levado a me voltar
deliberadamente para o outro e olhá-lo. Nesse caso, olhar o olhar do outro é
colocar-se a si mesmo em sua própria liberdade e tentar, do fundo desta
liberdade, afrontar a liberdade do outro. Assim, o sentido do preterido
conflito será deixar às claras a luta de duas liberdades confrontadas enquanto
liberdades."
Em
resumo: a minha liberdade limita a do outro e a do outro, limita a minha.
Direitos e deveres, senhor ministro: o direito de criticar e o dever de
respeitar. O senhor bem sabe que não existe hierarquia entre direitos e
garantias fundamentais, certo? Logo assim, se por um lado a Constituição
Brasileira diz em seu art. 5º, IV,
que “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”,
imediatamente após diz: V - “é assegurado o direito de resposta, proporcional
ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem”; e tem
mais: IX – “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica
e de comunicação, independentemente de censura ou licença”, e imediatamente
após: X – “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação.”
Andou bem
o legislador da Constituição quando
inseriu o direito à liberdade de expressão e a responsabilidade por suas
manifestações em incisos próximos. Liberdade de expressão e respeito ao outro
são, em Sartre e na Constituição,
gêmeos siameses.
Sigamos.
O
ministro fala em direito à crítica. Do que se retira da fundamentação do Celso,
a crítica pra ele é um caminhão carregado de brita, desgovernado descendo uma
ladeira e o outro que será atingindo, um fusquinha subindo esta ladeira bem
devagar. Desculpe-me, ministro, mas eu sou uma pessoa muito apegada a
conceitos.
A palavra
Crítica vem do grego “Crinein” que significa “separar; julgar”. Criticar é
concordar ou discordar de algo, apresentando argumentos pertinentes à questão.
Criticar, ministro, não é a licença que um jornalista – ou qualquer outra
pessoa – tem para ofender quem quer que seja. Um jornalista, uma pessoa
qualquer, que chame outro de mentiroso, de ladrão, sem apresentar provas
concretas não está sendo crítico, no mínimo um irresponsável e, no máximo, uma
pessoa que se enquadra em dois crimes previstos no Código Penal: o
da difamação (art. 139) por chamar o outro de mentiroso e o de calúnia (art.
138), por chamar o outro de ladrão.
Se ainda
resta dúvidas quanto ao conceito ou sentido do que seja uma crítica, recomendo
a reflexão profunda sobre uma frase do teólogo Leonardo Boff:
"Ser crítico é tirar a
máscara dos interesses escusos e trazer à tona conexões ocultas. A crítica boa
é sempre também autocrítica. Só assim se abre espaço para um conhecimento que
melhor corresponde ao real sempre cambiante. Pensar criticamente é dar as boas
razões para aquilo que queremos e também implica situar o ser humano e o mundo
no quadro geral das coisas e do universo em evolução."
Então,
Dr. Ministro Celso de Mello, o que o senhor chama de liberdade pra criticar é,
nada mais nada menos, do que a abertura dos portões que deixam adentrar em
nossa sociedade o direito de “falar o que eu quiser, doa a quem doer”; e esta
prática, sabemos, não condiz com bons costumes e nem é um caminho indicado pra
uma sociedade como a nossa que, dia após dia, vem perdendo a capacidade de
dialogar e resolvendo tudo “na base da porrada”.
Por fim e
enfim, como eu disse, a decisão do ministro é longa e comentar cada parte, cada
trecho, me tomaria um tempo que eu não disponho e que nem seria interessante
pra este espaço. Peço que leiam a íntegra da decisão dele e percebam como,
brilhantemente, usando o recurso da falácia – recurso que só gênios conseguem
usar com louvor – ele quer nos fazer entender que “esculhambar o outro é um
direito inerente à profissão do jornalista”.
Estamos
perdendo a capacidade de argumentar, de fazer ideias e teses brigarem. Estamos
optando pelo recurso retórico do argumentum ad hominem ao invés de fundamentar
nossos pensamentos numa base teórica sólida. O jornalismo, então, está deixando
de informar pra se tornar um instrumento de mera opinião, de politicagem, de
manipulação ideológica. Estamos caminhando para a barbárie. E o pior: com a
benção jurídica do Supremo Tribunal Federal.
Como diz
o teólogo François Fénelon: "As difamações e calúnias são os argumentos
daqueles que não têm razão."
Fonte: http://wagnerfrancesco.jusbrasil.com.br/artigos/120478089/liberdade-de-expressao-e-o-direito-de-criticar?utm_campaign=newsletter&utm_medium=email&utm_source=newsletter
sexta-feira, 16 de maio de 2014
Comissão de Moradores que participam do Conseg Penteado em Reunião na Sub Prefeitura Freguesia do Ó.
Uma comissão de moradores do Jd Elisa Maria, Princesa, Jd Tereza, Vista Alegre, Jd Damasceno e adjacências, se reunião na terça feira (13) com o subprefeito interino, Sr. Januário, para discutir melhorias nessas regiões. Fato é que há poucos dias, 4 jovens foram assassinados na praça sete jovens (que recebeu esse nome pelo assassinato de 7 jovens) e a sensação de insegurança é muito grande, os pancadões organizados sempre de domingo para segunda, tirando o direito de descanso do trabalhador, provocando problemas de hipertensão nos idosos, deficientes físicos são tirados por corrente humana até uma rua próximo onde se consiga chegar de carro devido a multidão que bloqueia a rua, iluminação sucateada, problemas diversos nas sinalizações de trânsito da região, fazem com que haja um sentimento de abandono do poder público em relação a essa parcela de munícipes. Assim foram nesta reunião, cobrar um posicionamento mais enérgico e satisfatório por parte daqueles que tem as condições de fazer algo. Segundo autoridades presentes, se mais pessoas fizessem isso, de forma organizada como foi esse evento, os administradores públicos teriam muito mais condições de poder exercer seu papel, pois, existem centenas de problemas a serem resolvidos e quem precisa apontar o mais emergente, é justamente a população.
Conselho Comunitário de Segurança Pública do Estado de São Paulo - Conseg Penteado
Reunião do Conseg Penteado realizada no Parque Tietê. População participa reivindicando melhorias de iluminação pública, melhorias nas vias públicas pela CET, cobrando da sub prefeitura uma ação mais presente diante das solicitações nas reuniões, dentre outras.
quinta-feira, 27 de março de 2014
ONDE ESTÃO OS GESTORES DAS SUBPREFEITURAS DE FREGUESIA / BRASILÂNDIA E CASA VERDE ?
Segundo relato de transeuntes, que aliás fazem caminhada todos os dias a partir da Av. Inajar de Souza com Av. Penha Brasil até o final da própria Av. Inajar de Souza, são mais de seis meses que a prefeitura não recolhe o lixo desta faixa da avenida. Segundo um morador, existe um processo de recolhimento a noite em toda a extensão da avenida que vai justamente da Av. Penha Brasil sentido centro, no sentido bairro, o serviço não acontece; apesar do recolhimento convencional no ponto do "sem terra", referindo-se a ocupação do Futuro melhor.
A realidade no entanto, é que os munícipes precisam trafegar no meio da rua, pois lixo, esgoto a céu aberto, mato, bicho morto, pneus, etc, ocupam as calcadas.
Os moradores e usuários almejam um posicionamento de respeito do poder público, uma vez que no sentido bairro/centro, a responsabilidade do lado direito é da sub Freguesia e o lado esquerdo da sub Casa Verde.
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