segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Qual foi o impacto da globalização e do neoliberalismo no direcionamento das políticas educacionais no Brasil?

     A conjuntura política desfavorável do neoliberalismo está chegando as escolas e muitas vezes, tem sido aceitas sem maiores discussões a seu respeito, impedindo uma efetiva contraposição. Por isso veja com mais clareza de quais consequências estamos tratando para a educação:

Menos recursos -  (diminuição da arrecadação (através de isenções, incentivos, sonegação...) e não aplicação dos recursos e descumprimento de leis).

 Prioridade no ensino fundamental, como responsabilidade dos Estados e municípios (a educação infantil é delegada aos municípios).

O rápido e barato é apresentado como critério de eficiência.

 Formação menos abrangente e mais profissionalizante.

A maior marca da subordinação profissionalizante é a reforma do ensino médio e profissionalizante.

Privatização do ensino.

 Municipalização e “escolarização” do ensino, com o Estado repassando adiante sua responsabilidade (os custos são repassados as prefeituras e as próprias escolas).  

Aceleração da aprovação para desocupar vagas, tendo o agravante da menor qualidade.

Aumento de matrículas,  como jogo de marketing (são feitas inscrições, mas não há estrutura efetiva para novas vagas.)

A sociedade civil deve adotar os “órfãos” do Estado (por exemplo, o “Programa Amigos da Escola” – se as pessoas não tiverem acesso a escola, a culpa é colocada na sociedade que “não se organizou”, isentando, assim, o governo de sua responsabilidade com a educação.

O ensino médio dividido entre educação regular e profissionalizante, e a prioridade é para o último: “mais mão de obra e menos consciência crítica”.

A autonomia é apenas administrativa. As avaliações, livros didáticos, currículos, programas, conteúdos, cursos de formação, critérios de “controle” e fiscalização, continuam dirigidos e centralizados. Mas, no que se refere a parte financeira (infraestrutura, merenda, transporte), passa a ser descentralizada.

 Produtividade e eficiência empresarial (máximo resultado com o menor  custo), não interessa o conhecimento crítico.

Nova linguagem, com a utilização de termos neoliberais na educação;

Modismo da qualidade total (nos moldes da iniciativa privada) na escola publica, a partir de 1980.

Os PCN´s (Parâmetros Curriculares Nacionais) são ambíguos, senão vejamos:
                                               Por um lado aparenta uma preocupação com as questões sociais, com a presença dos temas transversais como proposta pedagógica e a participação de intelectuais progressistas.
                                               Por outro lado, há todo um caráter de adequação ao sistema de qualidade total e a retirada do Estado. Os pcn´s surgiram no governo Fernando Henrique e foi reunido um grupo de intelectuais da Espanha, Chile, Argentina, Bolívia e outros países que já tinham realizado suas reformas neoliberais. A parte considerada progressista não funciona, já que a proposta não vem acompanhada de políticas que assegurem efetivamente a implantação, ficando na dependência das instancias da sociedade civil e dos próprios professores.

 Mudança do termo”igualdade social” para “equidade social”, ou seja, não há mais a preocupação  com a igualdade como direito de todos, mas somente a “amenização” das desigualdades.

Privatização das universidades

Nova LDB (lei de diretrizes e bases da educação nacional) determinando as competências da federação, transferindo responsabilidade aos Estados e municípios.


Parcerias com a sociedade civil (empresas privadas e organizações sociais)

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