quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Palavras do SECRETÁRIO MUNICIPAL DE HABITAÇÃO de SP - Ricardo Pereira Leite



O desafio de implementar políticas públicas adequadas para os assentamentos informais é um fenômeno global. Os impactos da urbanização sem qualidade extrapolam as fronteiras legais dos países, degradam o ambiente e seus recursos naturais, pioram as condições climáticas, promovem atividades socialmente reprováveis como guerras ou tráfico de drogas e destroem valores em todo o planeta.
Durante os próximos seis meses, a cidade de São Paulo sediará a Jornada da Habitação. Organizado pela Secretaria Municipal de Habitação, sob a curadoria do renomado arquiteto italiano Stefano Boeri, o evento proporcionará uma grande oportunidade para que a discussão sobre desenho urbano seja desenvolvida.
São Paulo será representada por seis áreas, em diferentes regiões da cidade: São Francisco (leste), Cantinho do Céu (sul), Bamburral (norte), Heliópolis (sudeste), Paraisópolis (sudoeste) e Centro. Nesse evento, em conjunto com as apresentações paulistanas, outras cidades do mundo também terão suas questões urbanas discutidas. Essas são Mumbai, Bagdá, Nairóbi, Moscou, Roma e Medellín.
O debate de diferentes situações, culturas, estágios de intervenção, tamanho, recursos etc. será analisado por especialistas do mundo inteiro em conjunto com a população paulistana, principalmente os moradores desses assentamentos da cidade.Uma vez que esses estudiosos também são responsáveis pela implantação de soluções, pois atuam diretamente nas áreas estudadas, o debate não ficará restrito ao campo acadêmico.
Como dito no manifesto “São Paulo Calling”, as favelas fazem parte da cidade contemporânea. Melhorá-las não significa pensar um novo modelo de cidade, mas ajudar um ramo a crescer para que os outros também cresçam.

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